terça-feira, 12 de maio de 2009

Leptina e obesidade


O tecido adiposo nao é apenas um mero depósito de células gordurosas, mas uma verdadira "glândula endócrina do organismo". Esse tecido produz diversos hormônios, dentre eles a leptina.

A leptina é um hormônio protéico que age no cérebro inibindo o apetite e estimulando o gasto de energia. Sua produção é diretamente proporcional à massa de tecido adiposo.

Os níveis de leptina circulantes parecem estar diretamente relacionados com a quantidade de RNAm para leptina no tecido adiposo. Além disso, vários fatores metabólicos e endócrinos contribuem para regular a transcrição dos genes da leptina em adipócitos. Por exemplo, ocorre diminuição de leptina em resposta a baixos níveis de insulina, havendo uma relação diretamente proporcional entre as concentrações desses hormônios.

Apesar de apresentarem altos níveis de leptina, alguns defendem a idéia de que os obesos desenvolvem resistência a ela. Porém, um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard descobriu que, ao tratar ratos obesos e submetidos a dieta rica em gorduras, associada ao medicamento Buphenyl (4-PBA) e ao ácido tauroursodesoxicólico (TUDCA), esses animais tiveram aumentada a sensibilidade aos efeitos da leptina, que se multiplicaram por dez.

O resultado é que todos os ratos perderam peso, mesmo sem interromper a ingestão de alimentos ricos em gordura, o que levou os especialistas a cogitarem repetir o experimento em humanos para o tratamento de obesidade.
Bibliografia:
http://www.crfsp.org.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=1039:pesquisa-estuda-efeito-da-leptina-no-combate-a-obesidade&catid=40:noticias&Itemid=60

http://www.nutricaoativa.com.br/conteudo.php?id=72

3 comentários:

  1. A Leptina é um hormônio produzido pelo conjunto de células de gordura que temos no corpo. Este hormônio é uma molécula proteica e sua finalidade é atuar no cérebro inibindo o apetite ou a "vontade" ou então, "necessidade" da ingestão de novos alimentos, em seguida, estimulando o consumo energético nos depósitos corpóreos.
    Então, se atuando diretamente no cérebro que é o centro geral controlador do nosso corpo, doses orais do hormônio são uma aposta lógica contra a obesidade e ferramenta infalível para a perda de peso?

    João Afonso Rosa Júnior.

    ResponderExcluir
  2. Respondendo ao comentário acima, não! A ingestão em altos níveis de leptina geram algumas deficiências nos receptores de transdução de sinal no SNC, nas respostas hipotalâmicas à leptina, e nos transportadores da barreira hemato-encefálica. Será necessário um pouco mais de pesquisa e de testes para que possa ser uma ferramenta infalível contra a obesidade!

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir