sexta-feira, 12 de junho de 2009

A sensibilidade a insulina

A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas. A principal função da insulina no tecido adiposo é o estímulo da síntese de triacilglicerol, a forma de gordura que o organismo consegue armazenar. A insulina vai entrar em contato com seu receptor na membrana do adipócito que se autofosforila, essa fosforilação vai desencadear uma cascata de sinalização intracelular levando a ativação da PPI (fosfoproteína fosfatase). Essa proteína vai hidrolisar os resíduos fosfato de enzimas como a acetil-CoA carboxilase ativando essa enzima. A reação produzida pela acetil-CoA carboxilase é a formação de malonil-CoA a partir de acetil-CoA. O malonil-CoA é um componente fundamental da formação de ácidos graxos. A insulina também estimula o aumento da absolvição de glicose pela célula. A glicose vai entrar na célula e a produção de glicerol- 3-fosfato aumentará. Ácidos graxos e glicerol são os componentes do triacilglicerol armazenado no tecido adiposo.
A insulina também age no hipotálamo, centro nervoso de controle do apetite. No hipotálamo existem receptores de insulina. A insulina ativa a via da fosfatidilinositol 3-quinase no hipotálamo que estimula o hipotálamo a sintetizar neuropeptídios que no final irão regular a vontade de comer.
Os exemplos acima demonstram a importância da insulina na regulação do metabolismo. Um desequilíbrio na sensibilidade a insulina provoca nas células mudanças metabólicas levando o individuo a complicações como obesidade e diabetes do tipo 2.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Tratamento psicologico para obesidade


A maior preocupação com a obesidade são os problemas fisiológicos que ela trás. Neste blog já falamos da hipertensão e da diabetes, também se conhece outras complicações que atingem a pessoa obesa como a arteriosclerose a apneia do sono, cálculos biliares; todos eles muito estudados pelos médicos. Entretanto estudos revelaram que problemas fisiológicos não se expressão tanto quanto os problemas psicológicos.

Em quase 100% dos casos de obesidade mórbida o fator psicológico do paciente se vê abalado. Isso se expressa com a autoestima baixa, depressão, vergonha. Muitos deles são discriminados o que afeta sua qualidade de vida. Erroneamente, a população acredita que os indivíduos obesos são assim por uma falta de controle e por culpa própria. Vimos durante todo o blog que não é sempre assim. Junto com a depressão e o afastamento da vida social o obeso passa a ter uma condição de vida desfavorável para sua reabilitação. Muitos obesos não procuram uma academia de ginástica pois se sentem alvos de comentários. A depressão, por outro lado, vai atuar na parte do cérebro que controla a fome e a ansiedade estimulando o apetite do individuo. A soma desses fatores não ajuda no combate a obesidade e as doenças que são adquiridas junto com ela. A terapia cognitivo-comportamental obteve resultados significativos naqueles pacientes obesos que sofriam com algum disturbio psicologico.

O trabalho do psicólogo é fundamental, para que, junto com o nutricionista e o endocrinologista, possam tratar dessa enfermidade que já se tornou uma epidemia.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

C16:1n7-palmitoleate? O que é isso?


Em setembro de 2008 foi publicado na revista Cell, uma importante revista cientifica a descoberta de um acido graxo Omega 7 que fazia ratos ficarem “super saudáveis”. As pesquisas foram feitas na Universidade de Harvard e na Lipomics Technologies. Esse acido graxo foi então denominado C16:1n7-palmitoleate. Nas pesquisas chegaram a conclusão de que era um hormônio e que era produzido nas células adiposas e nos hepatocitos. Esse hormônio influencia na resposta a insulina nas células musculares, reduz o nível de moléculas estimuladoras de inflamação (que também são produzidas nos adipocitos) e previne a formação de gordura no fígado, o que seria prejudicial. O C16:1n7-pamitoleate foi o primeiro acido graxo identificado com funções hormonais, ate então os hormônios eram predominantemente proteínas e pequenas moléculas como a epinefrina. Por enquanto esses estudos foram feitos em ratos, uma vez descoberto que o mesmo mecanismo funciona em humanos poderá combater varias doenças entre elas a obesidade. Os pesquisadores destacaram com esse estudo que os ácidos graxos não são apenas gordura, e que diferentes tipos de ácidos graxos em excesso causam diferentes efeitos no organismo.

sábado, 6 de junho de 2009

Teoria Lipostática - regulação hipotalâmica - adipócito


Nessa teoria se postula uma regulação do peso corporal por feedback, isto é, um fator que produzido pelo tecido adiposo vai inibir o apetite e vai estimular a queima de calorias quando o organismo ultrapassa um peso. Esse fator seria secretado pelo adipócito em condições de aumento de peso evitando assim a obesidade. O primeiro fator descoberto foi a leptina em 1994. Na atualidade se conhece vários outros fatores (adipocinas) que regulam por via de feedback o peso corporal.

A regulação feita por estes fatores tem como alvo primeiro o hipotálamo e depois o próprio adipócito. No hipotálamo, as adipocinas vão influir no controle do apetite estimulando a produção de neuropeptídeos que atuam nos núcleos do cérebro responsáveis pela saciedade. Alem disso a leptina (um dos fatores da teoria lipostática) vai produzir um estímulo nos núcleos do hipotálamo, o hipotálamo, a sua vez, vai mandar impulsos nervosos de volta para o adipócito por neurotransmissores de noradrenalina que vai estimular a B oxidação e liberar calor. Assim o adipócito reduz o teor de triacilglicerídeos e o organismo emagrece.

Estudos comprovaram que falhas nos mecanismos citados acima podem provocar obesidade mesmo em pessoas que ingerem quantidades médias de alimentação.
bibliografia:
Livro Principios da Bioquimica, Lehninger; 4 edição

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dietas 4

Dieta da zona: Popularizada pelo Dr. Barry Sears bioqumico, sugere o consumo de 40% de carboidratos, 30% de lipídios e 30% de proteínas. Existe ainda o método 1,2,3 da zona, onde a proporção do consumo de lipídios é de 1g, para cada 2g de proteínas e 3g de carboidratos. Segundo o estudo do seu criador, a dieta ajuda a regulação da produção hormonal, fazendo com que a pessoa queime gordura de forma mais eficaz e sinta menos vontade de comer. É uma dieta bastante aceita, não restringe nenhum tipo de alimento. A única desvantagem é que a pessoa deve saber as combinações certas de alimentos e deve sempre pesar a quantidade de comida para manter a formula 40/30/30. Torna-se impossível num restaurante, numa festa.

Até agora, de todas as dietas apresentadas essa foi a mais aceita, isso se deve a preocupação da dieta de manter níveis equilibrados de todos os nutrientes.

Para mais informações acesse o site: http://www.zonediet.com/

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dietas 3


Dieta dos pontos foi introduzida no Brasil pelo Doutor Alfred Halpern, consiste em pontuar os alimentos de acordo com suas calorias. Não restringe o consumo de nenhum alimento. Cada pessoa tem seu limite de pontos por dia. É importante ressaltar que caso a pessoa consuma um excelente café da manhã, e ultrapassa os pontos ela não deveria comer pelo resto do dia. Neste caso a pessoa estaria desregulando seu metabolismo. Foi encontrado deficiência no consumo de ferro e cálcio. A dieta dos pontos torna-se questionável quando se analisa a média de consumo de carboidratos, proteínas e lipídios. O consumo de proteínas esta acima do adequado, a taxa de lipídios tem encontra-se elevado e a taxa de carboidratos está abaixo do recomendado.
Aqui vai um link com a pontuação utilizada para essa dieta:
http://medicina.fm.usp.br/endoresidentes/dietas/dietapontos.pdf
Bibliografia:
Revista cientifica UNINOVE- São Paulo v.2 p. 99-104
Abeso
saude.abril.com.br/especiais/dieta_pontos

Segundo um trabalho publicado pela Uninove em sua revista científica, nenhuma dieta está totalmente adequada ao fator nutricional, tendo como fonte a Recommended Dietary Allowances, ainda de acordo com a publicação, não existe critério científico na elaboração dessas dietas.


terça-feira, 2 de junho de 2009

Dietas 2

Continuamos com as apresentações de dietas no nosso blog. Hoje vamos apresentara diea fat flush.


Dieta fat flush: dieta publicada no livro The Fat Flush Plan de Ann Louise Gittleman. Básicamente acelera o metabolismo, reduz a retenção de água e queima gordura. Possui também um programa de exercícios para seguir além de suplementos alimentares comercializados e indicados para a dieta. Composta de 3 fases. Na fase 1 se restringe alimentos e reduz o consumo calórico para 1200 kcal. Na segunda fase aumenta o consumo calórico para 1200 a 1500 e se mantém até que a pessoa adquira o peso ideal. Na fase 3 o consumo calórico se mantém em 1500 e é permitida a ingestão de derivados do leite e alguns carboidratos. O consumo calórico não pode ser igual para todos que fazem essa dieta, isso causaria problemas naqueles que são mais ativos que outros, além da prática de exercícios que é mencionada na dieta, a pessoa poderia se sentir sem animo no dia a dia.